Ausência do blog

novembro 4th, 2012 | 0 comments

Estive seis meses ausentes do blog. Esqueci minha senha e não tive tempo para resolver os problemas decorridos disso, a contar:

  • Alguns servidores não permitem que o wordpress envie e-mails, como aqueles para recuperar sua senha, quando você clica em “Esqueci minha senha”. Então você clica e nunca recebe sua senha por e-mail. Quando eu descobrir como se configura este envio de e-mails, eu postarei aqui.
  • Há como resetar a senha pelo phpMyAdmin, porém, há uma armadilha fatal neste processo! Eu redefinia minha senha e continuava sem conseguir fazer login. Após muita pesquisa, li que a senha fica guardada no banco de dados do usuário, não em forma textual, como é escrita, mas como seu hash md5.

Enfim… Não fui a fundo no assunto, mas, em resumo, se você precisar resetar sua senha por lá, use um conversor de texto para hash md5 como ESTE, e redefina sua senha no phpMyAdmin usando o hash.

Por exemplo: O hash md5 para I love you é e4f58a805a6e1fd0f6bef58c86f9ceb3. Acrescente uma só letra e o código já muda completamente. Experimente!

Como configurei o JDK no Ubuntu 12.10

novembro 4th, 2012 | 0 comments

A Oracle deve ter algum problema com pacotes .deb, como os do Ubuntu. A instalação do Java Development Kit é complicada, mas é possível para usuários um pouco mais familiarizados com Linux.

Siga os passos abaixo (você precisará da senha de administrador, para usar o comando sudo):

  1. Baixe os quase 100MB do JDK mais recente, na página oficial;
  2. Descompacte-o numa pasta qualquer;
  3. Opcionalmente, renomeie a pasta “jdk.1.7.0_09″ (ou nome semelhante) para java (que é mais geral, sem a versão);
  4. Abra o terminal e digite: sudo mv java /usr (Isto irá mover a sua pasta java, com o JDK, para a pasta usr)
  5. Navegue da sua pasta “Documentos” para trás -> “usuário (seu nome)” -> “home” -> ” / “, e então entre na pasta usr.
  6. Clique com o botão direito para escolher Open terminal here;
  7. Navegue até a pasta ” / ” -> “etc” e procure pelo arquivo bash.bashrc;
  8. Abra o terminal nesta pasta, conforme já feito anteriormente, e digite sudo leafpad bash.bashrc (como uso o Xubuntu, o editor de texto dele é o leafpad. Se você quiser abrir o arquivo em outro editor de textos, substitua o nome usado na linha de comando);
  9. Adicione estas três linhas, ao fim do arquivo:
  • export JAVA_HOME=/usr/java
  • export CLASSPATH=$JAVA_HOME/lib
  • export PATH=$PATH:$JAVA_HOME/bin

Salve o arquivo e saia. Abra o terminal em qualquer pasta e digite java -version. Se o comando for aceito ele irá escrever a versão do java, e isto mostrará que ele está instalado corretamente. Se o comando não funcional, reinicie o sistema, para carregar as novas configurações do bash.bashrc. Se após o reinício o comando ainda não mostrar a versão, significa que a configuração da JDK não funcionou, por algum motivo.

Arquivos .jar não executam com duplo-clique

A este ponto, em caso de configuração bem sucedida, os arquivos .jar ainda não deverão estar abrindo com duplo-clique. Para que isto possa ocorrer:

  1. Clique com o botão direito num arquivo .jar e vá em “Abrir com outro aplicativo“;
  2. Clique em “Usar um comando personalizado“;
  3. Digite lá o caminho do arquivo java, da pasta bin do JRE: /java/j2se/jre/bin/java -jar (não esqueça do parâmetro ” -jar”, no final).

Teste o duplo-clique sobre arquivos .jar. Veja que a opção “Abrir com java” ficará disponível no topo do menu do botão direito sobre o arquivo. Há ainda a possibilidade de rodar o arquivo no terminal, com o comando “java – jar nome-do-arquivo.jar”.

Pronto. Seu JDK está pronto para uso!

Eclipse

Se você precisa configurar esta JDK para abrir o Eclipse, edite o arquivo eclipse.ini, na pasta principal do eclipse. imediatamente antes de -vmargs, adicione duas linhas e salve o arquivo:

  • -vm
  • Caminho para a Java Virtual Machine. No meu caso é: /java/j2se/bin/java
Firefox
  1. Para instalar o plugin do java no firefox, siga os passos:
  2. Navegue ate a pasta /usr/lib/firefox/plugins e abra o terminal lá.
  3. Digite sudo ln -s /usr/java/jre/lib/amd64/libnpjp2.co (para copiar um link deste arquivo para dentro da pasta de plugins do Firefox)
Observações:
  • A pasta amd64 é encontrada em jdk de 64 bits. Se você instalou uma versão de 32 bits, o nome da pasta deverá ser i386 ou i586
  • A recomendação para uso do java web start e dos applets é com a jre de 32 bits (note que o plugin do firefox está na pasta jre).

Talento

maio 31st, 2012 | 0 comments

Não se deve desperdiçar o talento das pessoas…

Cada um tem os seus talentos. Os que acham que não são talentosos, ainda não se conheceram mais a fundo.

Pensar em desperdiçar talento deve soar mal para qualquer um. Me pergunto porque, mesmo com esse peso, nós vivemos nossas vidas ignorando os talentos das pessoas ao redor. E o campo de trabalho, onde o talento é tão urgente, eu passo nas mãos de vários superiores e, em todo canto, vejo desatenção ao talento dos funcionários.

É desatenção! Ou má vontade de investigar, desinteresse pelo assunto.

Aos poucos percebi que o talento não existe apenas no futebol. Há os talentos artísticos, lógicos, intelectuais, intra e interpessoais, tantos quanto as inteligências múltiplas de Howard Gardner, e destro de cada uma, vários subtipos de talentos, alguns meros detalhes que mal conseguimos perceber com esforço.

Pois bem! Ando pensando num projeto de uma gincana para a escola, que funcione como um show de talentos, com a direção sempre pedagógica, pedindo licença gentilmente ao lazer (não acho que a escola deva ser local para lazer, pelo menos primariamente).

Não deve ser tratada como perda de tempo. Uma gincana assim, aliada ao meu outro projeto de utilizar o Guia do Estudante (teste vocacional) para autoconhecimento e orientação para o seu próprio talento, podem mostrar a todos quem são os bons redatores de reportagens, cantores, resolvedores de enigmas e mestres no desenho e na poesia, na ortografia, na velocidade e na flexibilidade, entre outros.

Imagino uma escola onde os alunos descubram suas potencialidades. Senão todos, ao menos alguns deles, pois essa inação, onde os formandos do terceiro ano saem sem saber que rumo tomar, e onde o professor de português não sabe que aquele seu péssimo aluno, é craque em matemática.

Precisamos começar a cultivar o interesse pelos talentos. Será ótimo reunir as pessoas a nossa volta, cada um brilhante no que faz. E, antes, todos precisam de autoconhecimento.

Essa foi uma das contribuições que o livro do Sun Tzu me deu, quando me grudou na memória esse tipo de trecho:

“Os valentes lutam, os cautelosos se defendem e os sábios aconselham. De nenhum se perde o talento”

Lero Lero acadêmico

maio 8th, 2012 | 0 comments

O Gerador de Lero Lero é uma brincadeira que simula falas que parecem extremamente sábias, mas que não passam de enrolação sem sentido.

Mas este aqui NÃO É Lero Lero, é texto real de Universidade. Eu tentava entender o que viriam a ser vantagens competitivas sustentáveis, e a sequência que obtive foi esta:

“… por meios de capacidades e recursos estratégicos sem paralelo, singularidades e peculiaridades ao contexto.”

Dá para entender tudo, não dá?

Contexto do quê, meu amigo?

Qual a diferença entre singularidade e peculiaridade? Vou levar um minuto só para interpretar estas duas palavras…

Abaixo o embromation acadêmico! Queremos estudar na universidade materiais didáticos compreensíveis.

Reforma das leis

maio 6th, 2012 | 0 comments

Vou transcrever, com minhas palavras, um trecho escrito por Pierre Joseph Proudhon, num livro coletânea que tenho:

“Ele [governo] fará tantas leis que chocará interesses; e, visto que os interesses são inumeráveis, que as relações nascentes umas das outras se multiplicam ao infinito, que o antagonismo não tem fim, a legislação deverá funcionar sem parar. As leis, os decretos, os editais, as ordens, as decisões cairão em abundância sobre o pobre povo. Em algum tempo, o solo político será coberto por uma camada de papel que os geólogos terão que registrar sob o nome de formação papezóica, dentre as camadas do planeta. A Convenção, em três anos, um mês e quatro dias, gerou 11.600 leis e decretos. A Constituinte e o Legislativo não produziram muito menos [...] Você acredita que o povo e o próprio governo conserva sua razão nesta bagunça de leis?”

E é realmente uma bagunça de leis. Ou algum cidadão brasileiro comum sabe exatamente seus direitos e deveres? Alguém aqui já estudou o Código Civil ou Penal, a Constituição Brasileira, as Leis Trabalhistas, o Estatuto da Criança e do Adolescente ou a Lei Maria da Penha, para poder viver corretamente como cidadão nessa sociedade brasileira?

Não! Mas sabemos que todas estas leis que desconhecemos podem nos levar a prisão.

Na prática, vivemos brincando com a sorte, que nos dirá se o que fazemos, a cada momento, é passível de punição ou não.

Nem mesmo advogados conhecem todas as leis.

Qual matéria escolar, ou que tipo de professor, ensinaria ao menos um resumo legislativo às crianças?

Até quando exigiremos conhecimentos das leis de trânsitos dos futuros motoristas, sem exigir conhecimentos das demais leis da sociedade ao cidadão?

Há punição sem haver conhecimento. É assim porque a organização das leis é uma bagunça. A quantidade se sobrepõe à qualidade. Alguém precisa propor uma boa reforma para isto. Parece que a organização das leis está perfeita, porque ninguém aparece para criticá-la.

Só Proudhon. Eu sou fã dele.

Waldez Ludwig e o conhecimento

maio 3rd, 2012 | 0 comments

Conheco um vídeo do programa Sem Censura no qual as primeiras palavras do Waldez Ludwig foram estas:

“É uma transformação na economia toda, então o resumo da ópera é assim:

  • Nós temos uma economia baseada em conhecimento (só se vende, só se compra se tiver conhecimento);
  • Se ela é baseada em conhecimento, o que importa mesmo é a inovação. O único fator de competitividade que sobrou pras empresas chama-se inovação (capacidade de inovar);
  • Inovação só vem de gente. Inovação não vem de máquina;
  • Então, o ser humano passou a ser a chave da estratégias das empresas.”

É estranho ver países desenvolvidos mandando seus produtos serem fabricados na China. O conceito de país desenvolvido já se separou do conceito de país industrializado. Hoje, o país desenvolvido produz conhecimento, inovação, design, patentes, ou seja, atividades intelectuais.

Aos países pobres, a indústria e sua poluição; aos países ricos, a inteligência por trás da produção.

Mas as patentes podem garantir que seu produto não será copiado. Já a ideia, o conhecimento, ele pode ser copiado por todos. Então, a maneira de manter-se no topo é renovar o conhecimento antes dos concorrentes, ter novas ideias: por isso, a inovação.

E, como máquina não inova, o centro da produção voltou a ser o funcionário. E isso afeta diretamente a estratégia das empresas.

Aliás, outro dia eu compreendi o que significa o termo “estratégico”, em administração. Está relacionado aos rumos que a empresa deve seguir, às decisões que os executivos devem tomar, a busca por vantagens competitivas que possam dar um caminho lucrativo.

E vantagem competitiva é um pequeno monopólio de curto prazo, algo que seu produto tem que os outros não tem, e que leva as pessoas a comprá-lo.

Faz muita diferença compreender isso e nos deixa anos luz dos conceitos de administração de décadas atrás.

Sobre estes temas, recomendo estes dois vídeos do Waldez Ludwig.

Programa Sem Censura

Gestão Estratégica (SEBRAE)

E sobre a substituição da sociedade industrial pela sociedade do conhecimento, recomendo uma palestra de 13 partes do Marcos Cavalcanti: A nova sociedade do conhecimento

Miséria da banda larga

maio 3rd, 2012 | 0 comments

Hoje, tentei assistir ao Jornal da Record News online, em vão.

Há duas semanas, técnicos andaram mexendo nos cabos por aqui e a internet piorou.

Em fevereiro de 2004, a máxima velocidade de banda larga, onde moro, era de 1 Mega. Hoje, oito anos depois, continua de 1 Mega.

O You Tube não se importa com isso. Vários vídeos já abrem, por padrão, na qualidade de 360p. Antigamente, eu conseguia assistir vídeos em 240p, sem problemas, mas faz duas semanas que nem nesta resolução eu consigo. Vídeos em HD, nem em sonho.

Para piorar, o You Tube não permite mais que se pause um vídeo, para que ele carregue em background, enquanto navega em outra aba.

Eu quero saber até quando esta parte da população será tratada como CIDADÃOS DE SEGUNDA CATEGORIA.

Não preciso defender a importância da internet, eu, que curso graduação à distância, com aulas teletransmitidas. Seria dizer o que todos já sabem.

Mas quero mostrar o mapa de onde moro, para dar a ideia de como moro grudado à segunda maior cidade brasileira, dentro da segunda maior região metropolitana…

E ainda assim tenho uma internet porca, que compartilho com meus vizinhos.

Não me passa pela cabeça me mudar para um “bairro bom” e deixar que a população desfavorecida se vire como pode.

Mas passa pela minha cabeça escrever e publicar alguma coisa, que mostre que há, sim, uma divisão social, mesmo entre bairros vizinhos, em regiões metropolitanas superlotadas:

  • Cidadãos de primeira categoria: com acesso aos serviços, beneficiados pela concorrência entre as empresas e seus preços baixos;
  • Cidadãos de segunda categoria: sem acesso ou com acesso precário, a serviços controlados por monopólios socialmente irresponsáveis, com preços altíssimos.

Essa é a realidade (já diria o Datena)!

A empresa de banda larga não quer saber se a população precisa, se é importante, pois a preocupação dela é com o lucro.

Quem deve se preocupar com o conforto e as necessidades da população, que é o governo e todo o setor público, onde estará nessas horas? Não faz nada? Não faz o seu trabalho de organizar a sociedade de maneira mais igualitária possível? Apareça, governo, e ponha uma ordem nesse capitalismo selvagem!

Agora, tire suas próprias conclusões. Clique nas imagens abaixo, para vê-las em tamanho normal.

Mapa do Google Earth com a região de baixa disponibilidade

Se eu subir num dos morros daqui, terei a visão da refinaria, da Baía de Guanabara e do Aeroporto. Mas tenho uma velocidade de internet que algumas cidades dentro da Floresta Amazônica já conseguiram. Qual é a lógica disso?

De carro, com trânsito bom, saio de casa e, em 25 minutos, estou ao pé do corcovado, observando o Cristo Redentor.

Disponibilidade máxima de 1 Mega para Oi Velox

Já fazem 8 anos que me encontro com o conteúdo dessa tela. Vejo por aí propagandas de 20, 50, até 100 Megas. Se há cem, por que não consigo mais que um?

Dificuldade para assistir ao youtube

No centro da tela, é comum aparecer o ícone de carregamento. No canto inferior-direito, o painel de escolha de qualidade do vídeo.

Como dominar um país

abril 25th, 2012 | 0 comments

Anote a receita e guarde, para o caso de precisar perceber quando isto estiver acontecendo no Brasil.

  1. Enriqueça: Junte o máximo de dinheiro que puder.
  2. Se aproxime de políticos e troque favores: dê partes do seu dinheiro em troca de algo do seu interesse, que te faça enriquecer ainda mais.
  3. Compre mais políticos, troque favores e abocanhe alguns milhões: eles precisam desesperadamente de dinheiro para vencer eleições com campanhas grandes, e vários aceitam te ajudar a vencer uma licitação, conseguir um terreno ou uma licença…
  4. Aprenda a lavar dinheiro: isso é importante, para que o tenha limpo para os próximos passos.
  5. Encomende reportagens: repórteres ganham pouco e vários deles aceitam boas quantias de dinheiro para publicar matérias que te favoreçam, ou que derrubem adversários seus.
  6. Avance sobre a imprensa: o próximo passo é comprar um jornal, revista ou rede de televisão inteira, anunciando fortemente, entrando com dinheiro de publicidade, para que eles paguem as contas e lucrem mais, e assim virão comer na tua mão.
  7. Comece a trocar favores com gente do judiciário: Comece com presentes pequenos, faça amizade, empregue parentes deles, e logo também estarão na tua mão.
  8. Aumente a abrangência da sua influência: espalhe seu dinheiro para outros estados, comprando mais gente corrupta, em todo canto. Não se esqueça de equilibrar bem o dinheiro entre legislativo, imprensa e judiciário (não necessariamente nesta ordem).
  9. Vá para cima dos políticos justos: comece com estratégias de golpe de estado. Pressione! Use sua influência e jogue a imprensa contra eles, fazendo matérias e reportagens investigativas que os ameacem cruelmente. Eles acabaram renunciando ou vindo comer também na tua mão.
  10. Vá para cima da imprensa livre: force seus políticos eleitos comprados a cortar verbas públicas de publicidade nestes órgãos, a caçar concessões, ou jogue sua imprensa comprada contra eles.
  11. Caso o judiciário ainda não esteja na tua mão, os ameace com a imprensa. E caso a imprensa comece a fugir da tua mão, primeiro ofereça mais dinheiro, então entre com sua influência em outros poderes.
  12. Por fim, acumule por espionagem informações comprometedoras sobre seus inimigos. Guarde-as em segurança. A polícia é comandada pelo governador, a justiça de primeira instância não pode te derrubar… Você está quase lá.

(não esqueça que a imprensa tem um poder incrível. Trate-os muito bem: eles só precisam receber o dinheiro que merecem pelo serviço)

Mais algum tempo nesse ritmo e você terá conseguido:

  • O executivo eleito, financiado fortemente pelo seu dinheiro e doido para se reeleger novamente com teu apoio financeiro.
  • O legislativo com o rabo preso, pois sabem que podem ser derrubados facilmente, já que são os mais frágeis. Eles ganham pouco e só querem manter a fama e o poder no bairro (estado), e ter bom conforto.
  • O judiciário tranquilo: cada Juiz ganhou uma casa no campo e um carrão na garagem, e sabem que podem conseguir bons empregos para seus parentes com você.
  • E a imprensa! Ainda mais nessa decadência que enfrenta nos últimos tempos. Está sedenta por anunciantes de peso, que injetem bastante dinheiro… Exatamente o que você faz por elas.

Reforma tributária

abril 25th, 2012 | 0 comments

Um dos melhores tributos que tínhamos era a antiga CPMF, de sonegação praticamente impossível. Sempre aparece alguém para destruir as melhores coisas…

Sou a favor de uma carga tributária mais ou menos alta, acima de 30%, porque acredito que as grandes empresas e a elite vão governar mais que o governo, caso ele tenha pouco dinheiro.

Quem domina o poder político é, sem dúvida, aquele que domina o poder econômico, antes.

Não há poder político sem dinheiro! A tese do Estado mínimo é, na prática, uma tese do laissez-faire (ou da bagunça).

Então os tributos precisam dar ao governo essa força, já que pelo menos eles nós podemos eleger. Depois que um grande grupo econômico abocanhar o poder, todos os políticos girarão em torno dele, e não haverá muito o que o povo poderá fazer.

Uma questão é como criar controle efetivo sobre a corrupção, já que a corrupção por grupos econômicos é semelhante à corrupção que suja dinheiro arrecadado através de tributos.

Um outro ponto importante é parar de chamar as pessoas de contribuintes:

Me arrancam tudo à força. Mas me chamam de contribuinte. (Millôr Fernandes)

Outra questão é desonerar tudo aquilo que é produtivo de impostos. A produção deve ser sempre sagrada.

E uma terceira questão é reduzir o número de impostos, sem perder receita ou perdendo pouca. Senão fica imposto para tudo quanto é lado, a bagunça reina ao lado da ineficiência e as correções das distorções se tornam um quebra-cabeças.

Em resumo: simplificar, sem perder, e melhorar o controle.

Gosto do Estado grande :D

Reforma dos partidos políticos

abril 25th, 2012 | 0 comments

Já li que a liberdade de se criar partidos políticos, no Brasil, protege a “multiplicidade de idéias e opiniões” e garante o “ pluralismo político”.

Poucas coisas na política me desanimaram como a queda da Cláusula de barreira, já após às eleições de 2006 (a primeira a adotá-la).

O Brasil passaria a ter apenas sete grandes partidos, embora muitos deles partidos ideologicamente próximos. Mas seria bem menos do que os 27 partidos existentes atualmente.

Na Alemanha, em 1930, haviam cinco ou seis partidos, de diferentes ideologias, todos Com votação entre Um e doze milhões de voto, o que me pareceu um equilíbrio interessante.

Aqui no Brasil devia haver 6 ou 8 partidos políticos bem diferenciados por duas ideologias. Por exemplo:

  1. Cristãos
  2. Sociais-democratas
  3. Verdes
  4. Liberais conservadores
  5. Liberais de esquerda
  6. Trabalhistas
  7. Socialistas

Mas temos ao menos quatro partidos que incluem, no nome, o termo “trabalhista” ou “trabalhadores”, enquanto a ideologia liberal se extingue aos poucos.

Vemos partidos sem expressão alguma recebendo um bom dinheiro do fundo partidário:

  • Para onde vai este dinheiro?
  • Em que ele ajuda o povo brasileiro?

Então, prefiro um máximo de oito partidos. E, aí, surge uma nova questão:

O que vai garantir que eles realmente se diferenciem, ideologicamente?

Atualmente, as pessoas não votam em partidos ou em ideologias, mas em candidatos isolados e no seu marketing. Há quem vote em vereador e prefeito de partidos divergentes… É uma contradição.

Por isso, defendo o voto em lista partidária. Não discuto se aberta, fechada ou mista, apenas gostaria de tirar o foco do candidato e passá-lo para o partido. Assim, os partidos indicarão uma lista dos seus candidatos, que irá à votação dos eleitores, o que concentrará o poder nestes partidos e nos seus dirigentes. Caso o eleitor se decepcione com um partido, poderá dar seu voto a um outro.

É mais fácil conhecer, investigar, estudar e fiscalizar oito partidos do que mil candidatos. Votaremos num partido, nos rumos e nas prioridades que ele propõe para o país ou para a cidade. O candidato deverá seguir o projeto do partido e as idéias estarão mais centralizadas, mais facilmente acessíveis ao cidadão que quer conhecer as propostas.

Mas para garantir que a ideologia volte mesmo a nortear este país, ela precisará tornar-se independente da troca de favores e da compra de políticos pelas grandes empresas, começando pelo financiamento público exclusivo de campanha. O dinheiro sairá dos cofres públicos, mas garantirá que os políticos possam se eleger sem dever favores a grupos econômicos financiadores de campanhas.

Outro dia li que o número de deputados eleitos, financiados pela Petrobrás, foi maior que o número de deputador do Rio de Janeiro, o que é assustador. Imagine se gente ilicitamente enriquecida com a pirataria, após lavar dinheiro no exterior, investisse em campanhas políticas, para ter alguns deputados comprados em Brasília: não seria uma bagunça?

Na verdade, já é.

Por isso, minha sugestão é:

  1. 6 a 8 partidos políticos com fundo partidário (ou “Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos”).
  2. Voto em lista partidária, centralizada, que traga maior ideologia para a política.
  3. Financiamento público de campanha, criminalizando a compra de políticos (além do caixa dois, agora também o “caixa um”).

Se vai dar certo, eu não sei. Mas esta é minha aposta.

E se eu mudar de ideia, algum dia, paciência!